quarta-feira, 6 de julho de 2016

Close to the Edge


Olá, amigos do Progressive.Cafe!



Essa é a nossa segunda matéria, acompanhada de um vídeo próprio, onde vou falar sobre eles: Yes! Mais especificamente, sobre a música "Close to the Edge", do álbum homônimo, de 1972, considerado um dos grandes sucessos da banda e, para mim, um dos melhores álbuns de música progressiva de todos os tempos.




O Yes é uma banda inglesa progressiva "épica", formada (na época desse álbum - Close to the Edge) por: Bill Bruford (Bateria), Steve Howe (Guitarra), Chris Squire (baixo), Rick Wakeman (teclados) e Jon Anderson (vocal).

Seu estilo musical era bem "épico", "cósmico" e, por que não, "místico", totalmente inconfundível, assim como a voz de Jon Anderson. Nessa época, Rick Wakeman fazia parte do Grupo e produzia arranjos sensacionais nos teclados, assim como as cordas de Steve Howe, Chris Squire e do próprio Jon Anderson, que, às vezes, tocava um pouco.

A banda se formou, originalmente, em 1972, por Chris Squire e Jon Anderson, e se destacou por criar composições "místicas" e "sinfônicas".

Yes, em 1977 (https://en.wikipedia.org/wiki/File:Yes_concert.jpg)


Primórdios

O primeiro álbum de estúdio do Yes foi o homônimo "Yes", de 1968. A formação do conjunto, naquela época, era:  Jon Anderson, Chris Squire, Peter Banks (guitarra), Tony Kaye (teclados) e Bill Bruford. A música que mais gostei desse álbum foi: Beyond & Before.
Um dos álbuns mais interessantes desse começo foi "Time and a Word", o segundo álbum de estúdio, com a sensacional: "No Opportunity Necessary, No Experience Needed".

Antes e depois de "Fragile"

A vida do Yes, na minha opinião, se divide entre antes e depois do álbum "Fragile", o quarto álbum de estúdio e antecessor de "Close to the Edge". Fragile foi lançado em 1971 e contava com o sensacional "design" de Roger Dean. Uma das melhores músicas do Yes foi lançada neste disco: Fragile "Roundabout".

Fragile foi um grande sucesso do Yes e marcou a estreia de Rick Wakeman nos teclados. Dizem que Tony Kaye foi demitido do Yes, por não querer empregar os novos sintetizadores, como o Moog.

E voltamos ao Close to the Edge


Quando um grupo faz muito sucesso com um único álbum, sua responsabilidade aumenta muito. É como dizem os Americanos: "You've raised the bar". Jon Anderson declarou: “We were on top of the world when we made Close To The Edge” ("estávamos no topo do mundo, quando fizemos Close to the Edge), e estavam mesmo.

O álbum é memorável e é tido com um dos melhores álbuns de Rock Progressivo de todos os tempos.

A música tema desse artigo, Close to the Edge, é um épico, composta por Jon Anderson e Steve Howe, era dividida em quatro partes:
  1. "The Solid Time of Change": Começa com um som espacial, que vai aumentando e se tornando caótico, até que entra a guitarra de Steve Howe. Sua ideia é lembrar que existe um "Eu superior", que pode nos salvar do caos;
  2. "Total Mass Retain": Tem uma guitarra bem interessante e um ritmo sincopado, cativantes, com um vocal maravilhoso;
  3. "I Get Up, I Get Down": Esse é um tema que se repete desde "Total Mass Retain". É um momento de reflexão, lento, com um vocal de sonhos. Termina com um órgão de igreja fantástico de Rick Wakeman;
  4. "Seasons of Man": Logo após o solo de órgão de igreja, vem um arranjo meio Jazz, meio caótico, onde entra também um solo de Rick Wakeman muito rápido, e sensacional, com um ritmo sincopado ao fundo. Depois, ele passa para um órgão tipo Hammond, que dá um toque gótico à música.
 Você tem que ouvir e vivenciar Close to The Edge! Mas não assista nenhuma gravação ao vivo. Primeiro, assista o original, do álbum: https://youtu.be/51oPKLSuyQY

E eu...

Cara. Esse disco pirou a minha cabeça de vez! Eu devia ter uns treze ou catorze anos, quando comprei esse álbum, na Sears de Botafogo. Eu comprei sem escutar, pois o álbum vinha lacrado e não tinha como abrir sem comprar.

Cheguei em casa, rasguei o plástico, abri o álbum e dei de cara com aquela paisagem fantástica, a qual, infelizmente, não posso reproduzir sem licença. Era um visual de montanhas místicas, com cachoeiras impossíveis. Fiquei ouvindo o álbum e olhando para aquela capa fantástica por horas.

Nessa época, eu tinha uma "vitrola" Taterka, e costumava juntar as caixas de Som e deitar entre elas, para ouvir melhor.

Minha falecida mãe, não se conformava com esse disco... Ela dizia que Jon Anderson cantava desafinado, e devia ser verdade, pois ela havia sido professora de música.


Tablaturas de "Roundabout"

A música "Roundabout" é muito conhecida. Mesmo que você não curta Progressivo, deve ter excutado alguma vez a sua "intro". No início, ele usa os harmônicos para criar sons celestiais, como sinos. Para usar os harmônicos, tocamos gentilmente a corda, sem pressionar, retirando o dedo rapidamente, com um movimento sincronizado.


Por que eu não falei especificamente de Roundabout, e sim the Close to the Edge? Cada programa do Progressive Cafe tem um "tema". Esse tema, geralmente, é baseado na minha experiência com determinada música. Apesar de Roundabout ser muito importante, e de eu apreciá-la muito, a música Close to the Edge sempre me influenciou mais.

Eu escolhi apresentar a intro de Roundabout, porque é mais conhecida da galera.







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